Nos artigos desse blogue um dos destaques e ideais defendidos até agora pelos autores foi o sentimento que a música provoca em nós, nada mais do que forma de como nos sentimos quando escutamos a união entre melodias harmônicas e versos bem estruturados que levaram algum tempo para serem escritos (no caso das músicas boas). Através dos versos e frases os compositores tentam exprimir o que sentem naquele momento pensando em como contagiar o público. Devido à essa atitude que surgiram os diferentes ritmos no ramo musical, como o caso do Fado que na maioria das vezes é entoado pelos fadistas numa forma de lamento doloroso e muito triste; e o nosso ritmo nacional Samba, que é sinônimo de alegria e euforia, principalmente neste período pré-Carnaval.
Da mesma
forma que os compositores seculares (termo cristão) expressam o que sentem
através da música, os compositores cristãos também fazem isso. Mas ao invés de
sentimentos, situações ou críticas políticas o principal destaque é exaltar um
nome: Jesus Cristo. Através desse ponto de partida a música cristã surgiu muito
antes do próprio nascimento de Jesus, um exemplo é o livro de Salmos que é
repleto em cânticos entoados maioritariamente com instrumentos de cordas
dedicados em adoração à Deus, escritos maioritariamente pelo Rei Davi. Trazendo
para os dias atuais vemos uma grande expansão tanto no mundo em diferentes
culturas e idiomas quanto na própria mídia (em destaque a brasileira) que tem
cedido um maior espaço para os cantores e músicos cristãos.
A música
cristã tem como principal objetivo exaltar o nome de Deus adorando através de
palavras e melodias. A razão pela qual não pus como título “Música evangélica”
ou “Música Gospel” é bem simples por dois motivos:
1. Quando intitulamos com o termo evangélica
limitamos ao público evangélico e que nem sempre mantém o seu objetivo
principal por mais que defendam o argumento de que estão anunciando o
evangelho. Isso é ótimo mas a palavra evangelho traduzindo do grego significa
“mudança” e proclamar isso seria além de pessoal muito limitado.
2. O termo gospel é muito utilizado
e através dele nascem até comunidades, empresas, gravadoras, livrarias e por aí
vai. O gospel nada mais é do que um ritmo criado nos EUA no início do século
passado pela população negra, em parte cristã, que vivia na época em que o
racismo dominava a sociedade. Por mais que a tradução seja sinônimo de "evangelho" sabemos que essencialmente se refere aos grupos de igrejas americanas que cantam Soul com um coral super afinado e com umas roupas bem diferenciadas. Será se esse termo se encaixa para definir a
música que entoa e engradece o nome de Deus? Hum… Pois é, eu também pensei a
mesma coisa (risos).
Esquecendo os termos, você acha que atualmente a música cristã está cumprindo o seu principal objetivo? Esse é o tema do próximo artigo :)
Escrito por: Thiago Henrique Silva
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